sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A TV SOLIDÁRIA


É impossível ficar indiferente à tragédia que aconteceu nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, castigados pelas chuvas. São ruas alagadas, casas inundadas, trânsito caótico e famílias desabrigadas na capital paulista e em algumas cidades, como Franco da Rocha. Em terras fluminenses, a situação ainda é pior, pois as fortes chuvas provocaram deslizamentos e uma devastação nunca antes vista nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Sumidouro e Petrópolis. A destruição superou a última grande tragédia climática acontecida em Caraguatatuba-SP, em 1967, segundo informações da TV Globo. Até o momento são 511 mortos, também de acordo com dados da emissora dos Marinho.

Em momentos como esse, a televisão se mobiliza em dois sentidos: fazer a cobertura dos fatos, sua obrigação como veículo de comunicação, e ajudar essa população de alguma maneira. E isso não é de hoje.

A Globo, em 1966, abriu as portas de sua sede no Jardim Botânico-RJ para receber roupas, alimentos e remédios para as vítimas da grande enchente que atingiu o Rio naquele ano. Walter Clark, diretor geral na época, mandou o departamento de jornalismo fazer a cobertura do temporal durante quase o dia todo. Além de dar assitência aos desabrigados, a emissora conquistou assim a simpatia dos cariocas, que a fizeram líder de audiência até hoje.

Anos mais tarde, em 1985, Renato Aragão, sensibilizado com a grave seca que castigava o nordeste naquele ano, pediu para Boni, então superintendente operacional da Vênus Platinada, que liberasse seu programa para fazer uma campanha para arrecadar fundos em favor daquele povo. O diretor não só abriu o espaço de "Os Trapalhões" como cedeu o domingo todo. Foi assim que nasceu a campanha "Criança Esperança", no ar há 26 anos.

Em 2008, no estado de Santa Catarina, e em 2010 nas Alagoas e em Pernambuco, o Instituto Ressoar, ligado à TV Record, arrecadou fundos para as famílias que ficaram desabrigadas, vítimas das tempestades nesses locais. Para os catarinenses, o instituto chegou até a doar casas.

Há quem desconfie dessa generosidade eletrônica sob vários aspectos, desde a real intenção até o encaminhamento real e total dessa ajuda conquistada com a colaboração de milhões de telespectadores. Pelo menos até hoje, nunca houve uma denúncia de falsa promessa por parte dessas pessoas. E mais, as emissoras também mostram em seus telejornais e demais programas, o recebimento desses recursos pelos mais necessitados.

É preciso elogiar também a cobertura jornalística que tem sido feita nas cidades atingidas pelos temporais. O "Jornal Nacional" saiu do estúdio e foi para o local da tragédia obter as últimas informações ao vivo, e se solidarizar com o povo. Todas as emissoras montaram estruturas e estão transmitindo direto de ruas cheias de lama, ruínas de residências e morros onde antes existiam casas.

Parabéns para todas as equipes de TV que estão realizando um grande e importante registro de como a falta de planejamento, urbanização consciente e estrutura podem resultar em trágicas consequências para cidades inteiras.

Confira o início do "JN" do dia 13 de janeiro, ao vivo de Teresópolis, uma das cidades destruídas por consequência da chuva.

Com informações de: g1.com.br
Agradecimentos: vertv2011 e TV Globo

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