quinta-feira, 27 de junho de 2013

ESPECIAL RECORD 60 - NOTÍCIAS E BATE BOLA DO 7

Adriana Araújo e Celso Freitas na bancada do "JR"
Nos últimos dias, jornalismo e esporte nunca estiveram tão em evidência na TV. E esses dois pilares de uma programação de TV estão presentes também na história da TV Record, que completa 60 anos em setembro deste ano.

Desde sua inauguração, em 1953, a informação sempre teve espaço garantido no canal 7. A base principal de sua grade sempre foram os noticiosos, que com o passar dos anos ganharam cada vez mais espaço. Um dos primeiros telejornais foi o "Mappin Movietone", que tinha apenas um locutor lendo as notícias diante de uma câmera de TV. Como a maioria dos programas da época, era comum as atrações serem totalmente produzidas por algumas agências de propaganda. Por isso este jornal levava o nome da grande loja de departamentos de São Paulo, na época.

A emissora também contou com a ilustre presença do "Repórter Esso" nos anos 1960. Mas, rendendo-se ao formato vitorioso do "Jornal Nacional" na Globo, nasceu o "Jornal da REI", a Rede de Emissoras Independentes. A cadeia era liderada pela Record e, mais tarde, pela TVS-Rio. O noticiário não durou muito, e foi substituído pelo "Jornal da Record"(1972), que está no ar até hoje, como o carro-chefe do jornalismo da emissora.

Grandes jornalistas passaram pela casa: Ferreira Netto, Maria Lydia Flandoli, Carlos Bianchini, Adriana de Castro, Carlos Oliveira, Chico Pinheiro, Sílvia Poppovic, Celso Ming, Paulo Markun e Ricardo Carvalho. Para atrair anunciantes e trazer mais credibilidade, Boris Casoy também fez parte do time.

O povo na TV

Ney Gonçalves Dias ficou no "Cidade Alerta" de 1995 a 1997
Mas o forte da emissora é chamado jornalismo popular. "Cidade Alerta" sempre mostrou a violência das ruas e as necessidades do povo. O informativo estreou com Ney Gonçalves Dias em 1995, e por lá já passaram João Leite Netto, Gilberto Barros, José Luis Datena, Oscar Roberto Goddoy, Milton Neves, Reinaldo Gottino e Marcelo Rezende.

O jornalismo local esteve presente na Record através do "Informe Praça", do início dos anos 1990, "Praça no Ar"(2001) e "Praça Record"(2006), nos anos 2000. Hoje o grande sucesso local da casa é o "Balanço Geral"(2007), que possui sua edição municipal em cada cidade onde há uma afiliada da rede.

As grandes reportagens também ganharam espaço quando Edir Macedo assumiu o controle do canal. "Repórter Record"(1995) e "Câmera Record"(2008) foram comandados por Goulart de Andrade, Celso Freitas, Marcos Hummel, Marcelo Rezende e Roberto Cabrini. Atualmente as grandes referências do jornalismo da casa são o matinal "Fala Brasil"(1998) e "Domingo Espetacular"(2005).

O jornalismo tem uma importância tão grande no negócio da Record que, em 2007 foi lançada a Record News, o canal de notícias 24h do grupo, totalmente gratuito. Nesta emissora, é possível ver produções próprias, a reapresentação de programas da Rede Record, além de ser um braço importante na cobertura esportiva dos jogos comprados com exclusividade.

A força do esporte

Imagem do "Desafio ao Galo, torneio de futebol famoso nos
anos 1980, transmitido aos domingos pelo canal 7
Contudo, uma das marcas dos primeiros 20 anos do canal 7 foi o esporte. E não é pra menos. A emissora foi pioneira nas transmissões de futebol. A partida entre Santos e Palmeiras foi a primeira transmissão externa de um jogo, em 1955. No ano seguinte, mais uma inovação: a Record transmitiu o Grande Prêmio Brasil ao vivo, direto do Rio para São Paulo. Uma loucura, pois não existia a rede de transmissão para emissoras de televisão.

A TV do "Marechal da Vitória", como ficou conhecido o fundador Paulo Machado de Carvalho pelas campanhas do Brasil nas Copas de 1958 e 1962 era imbatível na área esportiva. Um dos primeiros programas de debate sobre futebol nasceu na Record. "Mesa Redonda" era apresentado por Geraldo José de Almeida e Raul Tabajara, no ano seguinte a inauguração. Por muitos anos, a estação conquistou altos índices de audiência exibindo as partidas dos times paulistas. Tanto que foi acusada de esvaziar os estádios, e em meados dos anos 1960 foi proibida, junto com outros canais, de transmitir os jogos.

Não tinha jeito! Assistir ao esporte bretão no conforto do seu lar virou mania nacional. Pela Record então, era quase uma obrigação. A emissora é a única que viu as cinco vitórias da seleção brasileira, em Copas do Mundo. Em 1958 na Suíça e em 1962 no Chile em filme. Já em 1970, como integrante da REI, a Record transmitiu o tricampeonato ao vivo, direto do México, num pool que reunia a também a Rede Tupi e a Rede Globo.

Já nos anos 1970, Silvio Luíz passa a integrar o time do canal 7 com os programas "De Olho no Lance"(1977) e "Clube dos Esportistas"(1982). A partir desta época, até meado dos anos 1990, as transmissões esportivas foram diminuindo. Algumas modalidades como Vôlei e Basquete ganharam destaque.

Datena, Indy e exclusividades olímpicas

Mylena Ciribelli comandou de Londres a cobertura exclusiva
da Olimpíada de 2012
A nova força do esporte surgiu em 1995, quando a emissora passou a transmitir os campeonatos paulista e carioca. Nesta época surgiu o "Com a Bola Toda", que trouxe José Luíz Datena da Band. No ano seguinte, a Record conseguiu transmitir, juntamente com Globo, SBT e Bandeirantes, os Jogos Olímpicos de Atlanta-EUA. Em 1998, numa polêmica envolvendo a compra dos direitos de transmissão, a rede ficou de fora da Copa da França.

O automobilismo não poderia faltar, já que a Fórmula Indy esteve lá em 2001, por duas temporadas. No mesmo ano, Milton Neves chegou para comandar "Debate Bola" e "Terceiro Tempo". Porém o grande salto aconteceu com a compra da exclusividade dos direitos de exibição dos Jogos Olímpicos de Inverno (Vancouver-2010), a Olimpíada de Londres (2012) e os Jogos PanAmericanos de Guadalajara (2011), sem contar que em TV aberta já está garantido pela emissora o Pan de Toronto em 2015. Desde quando a emissora de Roberto Marinho atingiu a liderança, nunca a Rede Globo deixou de exibir uma olimpíada.

Curiosidades

Murilo Antunes Alves trabalhou 63 anos na TV Record
Neste capítulo deste mês, merece destaque o jornalista que mais tempo trabalhou na Record: Murilo Antunes Alves. Formado em Direito, iniciou sua carreira ainda na Rádio Record, em 1947. Foi um dos elementos da emissora convocados para implementar a caçula da organização, o canal 7, em 1953. E nunca mais se afastou dela. Em 1973 estreou o jornal "Record em Notícias", ao lado de Hélio Ansaldo, que ficou no ar por 23 anos. Mesmo sem aparecer no vídeo, Murilo atuou na produção dos jornalísticos da estação até 2010, quando faleceu aos 91 anos.

O "Record em Notícias" era conhecido como "Jornal da Tosse", já que sempre um de seus comentaristas tossia frente às câmeras, além da idade avançada de todos os participantes.

Vamos conferir algumas imagens dos bastidores do jornalismo atual da emissora, a inauguração da Record News e a estrutura montada pela rede em Londres. Agradecimentos: historiasdopari.wordpress.com, ribeiro111, aprovacaotv, Lucas Maester e Divulgação/TV Record.









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