No próximo domingo é dia dos pais, uma data comemorada em todo Brasil, reunindo os filhos e aqueles que são "os homens da casa". Na TV, eles foram representados das mais variadas formas possíveis.
Talvez uma das maiores referências paternas televisivas seja a série americana Papai Sabe Tudo, que foi apresentada pela TV Globo e pela TV Tupi nos anos 60 e 70. Nesse programa, o patriarca Jim Anderson (Robert Young) realmente sabia tudo, dando conselhos para os filhos sobre os mais diversos assuntos. A família americana perfeita estava ali representada. Em contrapartida, Homer Simpson mostra aos filhos Bart, Lisa e Maggie como não ser um pai inteligente, no desenho Os Simpsons (TV Globo). A família americana com suas imperfeições está ali representada!
Na dramaturgia nacional, o progenitor do lar apareceu em várias facetas. Quem não se lembra do rígido Júlio, esposo de Dona Lola em Éramos Seis (SBT-1994)? Tenho certeza que muita garotinha teve pena do Caio Blat, interpretando o filho mais velho do casal, Carlos, quando ele apanhou de cinta. O juizado não permitiria essa cena hoje em dia! Mas também tivemos pais bem mais condescendentes como Arthur (Flávio Galvão), recém separado e com três filhas para criar em O Grande Pai (SBT-1991). Nessa mesma linha, porém mais moderninho do que Arthur, está o Gaspar (Nuno Leal Maia), surfista e responsável por seus cinco rebentos em Top Model (TV Globo-1989). Outra novela que marcou muito as famílias brasileiras foi Pai Herói(TV Globo-1979). A trama apresentava André Cajarana (Tony Ramos) e seu amor pelo pai falecido, que acreditava ter sido um grande homem.
A figura paterna também está presente de outras formas na telinha, não apenas na ficção. Muitos comunicadores abrem o espaço conquistado por eles para que suas crias também alcancem um lugar ao Sol. Um dos casos mais antigos é o do Velho Guerreiro Chacrinha, que por muitos anos foi dirigido por seu filho Leleco Barbosa. O animador Raul Gil também segue as ordens de seu segundo filho, Raul Gil Jr., o Raulzinho. Silvio Santos nunca direcionou suas filhas para a carreira televisiva, mas a influência falou mais alto no caso de Silvinha Abravanel. A "filha número dois", como gosta de brincar o dono do Baú, começou na TV como produtora nos anos 80 e já dirigiu o dominical do pai, Roda a Roda (SBT).
No humor, as dobradinhas se repetem: Paulo e Flávio Silvino, Moacyr e Gutto Franco, Lúcio Mauro e Lúcio Mauro Filho, sem contar Chico Anysio e seus filhos Nizo Neto, Bruno Mazzeo, e outros, e um caso de três gerações que há 60 anos fazem rir: Manoel, Carlos Alberto e Marcelo de Nóbrega (sendo o último o atual diretor de A Praça é Nossa, no SBT) .
No jornalismo, encontramos Joelmir e Mauro Beting, Milton e Fábio Lucas Neves e José Luiz e Joel Datena (que era repórter do programa No Coração do Brasil, na Band).
Eu costumo dizer que se mãe é mãe, pai também é pai! Não importa se ele é parecido com alguém da TV ou não, se ele não é o super heroi que sempre sonhamos quando criança, e que muitas vezes ele é quem cria essa imagem na cabeça do filho. Não importa se é alto, baixo, rico ou pobre, branco, negro, amarelo, vermelho... não importa nem mesmo se tem o mesmo sangue. O que realmente interessa é que ele faz parte de um capítulo importante da vida e da formação de um ser humano. Aos pais leitores deste blog, um feliz dia dos pais.
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