domingo, 4 de abril de 2010
A LOUCA ESPIADINHA
Nesta última terça chegou ao fim a décima edição do Big Brother Brasil. Veja que loucura: neste ano, em que um país se mobilizou a favor ou contra o vencedor Marcelo Dourado, batendo recordes de votação mundial, a média de audiência foi a mais baixa da história do programa na Globo. Foram 28 pontos de média, segundo a revista Veja.
Mas os números de ligações superaram todas as espectativas dos mais otimistas diretores globais. Só na final foram mais de 150 milhões de votos, somando telefone, SMS e internet onde você vota de graça. Junta isso com as ações de merchandising feitas durante o programa, o caixa da TV Globo engordou facilmente R$ 300 milhões, segundo especula-se.
Porém o que realmente impressionou foi a sinergia que o BBB promoveu entre a TV e a Internet. A maioria das pessoas acompanhavam o programa pelo site, passo a passo, e comentava via Twitter. Inclusive os seguidores do diretor Boninho opinavam, perguntavam, provocavam... O microblog teve um papel importante no fenômeno que aconteceu nesse BBB10. Enquanto um importante julgamento acontecia, o reality dividia as primeiras páginas dos jornais. Foi um dos assuntos mais comentados na internet, na maioria dos sites brasileiros.
Aliás, Boninho descobriu nesta edição que o grande dono do jogo é o público, principalmente o internauta. A interatividade é o molho do reality show, o que torna interessante. Claro que a escolha dos participantes é importante para atrair a audiência. Mas quem é o Big Brother é o telespectador, que utiliza desse poder com muito prazer. É uma loucura programada: passou Natal, passou Ano Novo, é hora de dar aquela espiadinha.
O Brasil é louco pelo Big Brother, e é quase impossível ficar alheio aos seus comentários. A qualidade do programa é sempre discutida, mas a audiência é sempre líder. Loucura é fingir que o programa não mexe com a rotina e as emoções do telespectador, direta ou indiretamente. A TV Globo já garantiu os direitos da atração até 2016, ou seja, os loucos pelo BBB podem ficar tranquilos. Essa loucura continua no ano que vem, e no outro, e no outro...
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