domingo, 26 de setembro de 2010
57 ANOS DE RECORD
Neste dia 27, a TV Record completa 57 anos de atividade. Parte desta história já foi contada na homenagem deste blog a Paulinho machado de Carvalho, falecido recentemente. Então vamos falar de algumas curiosidades desta emissora.
A estreia iria acontecer em 7 de setembro, já que seu canal na cidade de São Paulo é o 7. Mas problemas técnicos adiaram a inauguração em 20 dias. A programação exaltava os "setes famosos", como as sete maravilhas do mundo, os sete dias da semana, as sete cores do arco-íris, e outros setes. A primeira sede da Record foi construída em um antigo cassino, próximo do aeroporto de Congonhas, na capital paulista. A fachada principal, com o primeiro logotipo da estação, continua no prédio até hoje.
Por alguns anos, a TV Record foi parceira da TV Rio, na capital fluminense. A emissora carioca ficava no canal 13. Por isso, em São Paulo, o número da sede da Record, na Av. Miruna era 713 (7+13). Juntas, essas estações, e as estações de rádio de Paulo Machado de Carvalho, formaram as Emissoras Unidas. A primeira transmissão em rede de uma partida de futebol do Rio para São Paulo foi realizada pela parceria.
A Record sofreu vários incêndios ao longo de sua história. O primeiro aconteceu em 1960, quando suas instalações na Av. Moreira Guimarães foram destruídas. A emissora se instalou inteiramente no Teatro Consolação. A situação foi tão séria que o palco virou estúdio, e as cadeiras do auditório foram retiradas para ampliá-lo. Lá, o canal decolou em audiência, e lançou grandes sucessos como o humorístico Família Trapo, primeira comédia familiar da tv brasileira, A Praça da Alegria, liderado por Manoel de Nóbrega, e Hebe, o programa de entrevista que chegou a quase 80 pontos de audiência. Mas esse teatro também pegou fogo, e a TV Record se refugiou no Teatro Paramount, onde os históricos Festivais da Música Brasileira fizeram brilhar os nomes de Gil, Caetano, Gal, Jair Rodrigues, Elis Regina e muitos outros. A cada novo incêndio, o canal 7 tinha prejuízos enormes com estúdios e equipamentos. Sem contar a perda maior que foi o acervo de imagens.
Nos anos 1970 e início dos anos 1980, associada a Silvio Santos, a Record, junto com a TVS do Rio, liderou a REI - Rede de Emissoras Independentes. O canal 7 estava sucateado, sem grandes investimentos em estrutura e em programação. Em 1989, a emissora foi vendida para Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus. No começo dessa nova fase, a programação era em grande parte evangélica, mas foi diminuindo com o tempo, e a baixa audiência. Em 1995, quando se mudou para o bairro da Barra Funda, a Rede Record já era 3ª no IBOPE.
A partir dos anos 2000, a emissora cresceu vertiginosamente, intensificando a produção de jornalísticos e novelas, a partir da aquisição dos estúdios do RecNov no Rio de Janeiro. Hoje, a Record ocupa o segundo lugar e continua investindo em qualidade tecnológica e de programação.
Para aqueles que curtem imagens de arquivo, vai uma boa notícia: a emissora está digitalizando todo seu acervo, e pretende disponibilizá-lo para consulta pública! É aguardar.
Parabéns Rede Record. São 57 anos de bons serviços e muitos sucessos!
Veja este clipe, produzido nos 50 anos do canal, com imagens do principais nomes que passaram pela emissora até então, e a evolução de seus logotipos.
Agradecimentos: meliponarioprimavera e guinrealtek
Artistas que fizeram a Record
Logotipos do Canal 7
sábado, 18 de setembro de 2010
UMA "SEX" COM TUDO A VER!
Eu a conheço praticamente desde que nasci. Ela tinha 33 anos então, mas era linda, me fascinou desde o primeiro encontro. Apesar de passado tanto tempo, continua muito bonita.
Foram muitos momentos incríveis que passamos juntos. Quantos domingos no parque! Eram tardes bem gostosas. Viagens a bordo de naves, trenzinhos e balões que não saem da memória. Fomos ao circo diversas vezes. As palhaçadas, as trapalhadas corriam soltas. A ordem era sempre rir. Conheci castelos onde a senha era a alegria e a educação divertida. Eram xous diários, mas que aconteciam também nos fins de semana, tornando sábados e domingos animados.
Ela acompanhou minha adolescência, meus anos incríveis, minhas confissões. Eram tantos programas livres que curtíamos juntos. A galera que não dispensa azaração, milk shake, malhação também estava junta até altas horas. Na hora H estava todo mundo lá.
Assisti muitos esportes com ela. Futebol, Vôlei, Fórmula 1, e vários outros. Sempre me deixou de olho no lance. Esporte é algo espetacular. Não há sensação melhor do que bola na rede, o gol, o grande momento do seu time, ou o apito final que decreta a vitória.
Mas ela sempre me mantém informada, sobre tudo o que acontece no Brasil e no mundo. A notícia nos une a milhões de brasileiros aqui e agora. Vimos coisas ótimas e péssimas. Fatos que nos dão vergonha e orgulho. Somos testemunhas oculares da história. Isso é fantástico para mim.
Vivemos muitos dramas juntos. Conhecemos um monte de Helenas que, coincidentemente, moravam no Leblon. Tinha uma viúva que foi sem nunca ter sido, um prefeito que se elegeu prometendo a construção de um cemitério, mutantes com poderes incríveis, as gêmeas que moravam numa praia e pensavam de forma tão diferente. Foram muitos Ti-ti-tis, brasileiras e brasileiros, rainhas de sucata, pantanais, donos e fins de mundo que nos fizeram imigrantes em universos de pura emoção.
Por ela, as mulheres conquistaram seu espaço, fizeram o melhor da tarde em cozinhas maravilhosas. Porém o “sexo frágil” de hoje é muito mais ligado ao que acontece no mundo que o cerca. Ela e eu estamos muito grudados. Não consigo me afastar dela. O que sentimos um pelo outro continua vivo. Até hoje ela me diz “sou muito mais você”.
Esse amor também se deve às pessoas que conheci por ela. O dono sorridente de um Baú, uma loira gracinha, um palhaço que se comunicava e não se trumbicava, aquela dona que curtia uma marvada pinga, um homem que gosta de banquinhos e chapéus, um senhor que quebrava discos, e muitos outros que lotam um auditório fácil. Um não, vários.
Nós conhecemos uma praça engraçada. Era uma zorra sempre que chegávamos lá. Parecia que as pessoas estavam em pânico, em um prédio de quinta categoria, que balançava mas não caía. Porém estavam apenas rindo e fazendo rir em quinze minutos.
Quantas vozes embalaram esse relacionamento. Rainhas e reis da voz, ternurinhas e tremendões, pimentinhas e saputis, e tantos outros... Velhos tempos, belos dias.
Esse caso de amor não é exclusivo meu. Também existe com outros milhões de brasileiros.
Ela completa hoje 60 anos. Está moderna, fez plástica, está mais bonita, usa cores muito mais vivas. Quando chegou, em 1950 só usava preto e branco. Coitada, ainda foi confundida, sendo considerada uma nova modalidade de rádio. Também pudera, ninguém a conhecia. Mas depois que a compreenderam se apaixonaram.
Ela é muito criticada atualmente. O amor tem dessas coisas. Sempre se quer o melhor de um relacionamento. Mas ela é sem dúvida, junto com o futebol e o carnaval, uma grande paixão nacional. Mais do que isso, uma loucura.
Parabéns, TV brasileira. O Brasil tem Loucura por TeVer!
Veja o clip do lançamento da TV digital, em 2007, que reúne alguns dos nomes e momentos inesquecíveis dessa SEXagenária apaixonante!
TV no Brasil: 60 anos de muita história, talento, amor e loucuras.
Foram muitos momentos incríveis que passamos juntos. Quantos domingos no parque! Eram tardes bem gostosas. Viagens a bordo de naves, trenzinhos e balões que não saem da memória. Fomos ao circo diversas vezes. As palhaçadas, as trapalhadas corriam soltas. A ordem era sempre rir. Conheci castelos onde a senha era a alegria e a educação divertida. Eram xous diários, mas que aconteciam também nos fins de semana, tornando sábados e domingos animados.
Ela acompanhou minha adolescência, meus anos incríveis, minhas confissões. Eram tantos programas livres que curtíamos juntos. A galera que não dispensa azaração, milk shake, malhação também estava junta até altas horas. Na hora H estava todo mundo lá.
Assisti muitos esportes com ela. Futebol, Vôlei, Fórmula 1, e vários outros. Sempre me deixou de olho no lance. Esporte é algo espetacular. Não há sensação melhor do que bola na rede, o gol, o grande momento do seu time, ou o apito final que decreta a vitória.
Mas ela sempre me mantém informada, sobre tudo o que acontece no Brasil e no mundo. A notícia nos une a milhões de brasileiros aqui e agora. Vimos coisas ótimas e péssimas. Fatos que nos dão vergonha e orgulho. Somos testemunhas oculares da história. Isso é fantástico para mim.
Vivemos muitos dramas juntos. Conhecemos um monte de Helenas que, coincidentemente, moravam no Leblon. Tinha uma viúva que foi sem nunca ter sido, um prefeito que se elegeu prometendo a construção de um cemitério, mutantes com poderes incríveis, as gêmeas que moravam numa praia e pensavam de forma tão diferente. Foram muitos Ti-ti-tis, brasileiras e brasileiros, rainhas de sucata, pantanais, donos e fins de mundo que nos fizeram imigrantes em universos de pura emoção.
Por ela, as mulheres conquistaram seu espaço, fizeram o melhor da tarde em cozinhas maravilhosas. Porém o “sexo frágil” de hoje é muito mais ligado ao que acontece no mundo que o cerca. Ela e eu estamos muito grudados. Não consigo me afastar dela. O que sentimos um pelo outro continua vivo. Até hoje ela me diz “sou muito mais você”.
Esse amor também se deve às pessoas que conheci por ela. O dono sorridente de um Baú, uma loira gracinha, um palhaço que se comunicava e não se trumbicava, aquela dona que curtia uma marvada pinga, um homem que gosta de banquinhos e chapéus, um senhor que quebrava discos, e muitos outros que lotam um auditório fácil. Um não, vários.
Nós conhecemos uma praça engraçada. Era uma zorra sempre que chegávamos lá. Parecia que as pessoas estavam em pânico, em um prédio de quinta categoria, que balançava mas não caía. Porém estavam apenas rindo e fazendo rir em quinze minutos.
Quantas vozes embalaram esse relacionamento. Rainhas e reis da voz, ternurinhas e tremendões, pimentinhas e saputis, e tantos outros... Velhos tempos, belos dias.
Esse caso de amor não é exclusivo meu. Também existe com outros milhões de brasileiros.
Ela completa hoje 60 anos. Está moderna, fez plástica, está mais bonita, usa cores muito mais vivas. Quando chegou, em 1950 só usava preto e branco. Coitada, ainda foi confundida, sendo considerada uma nova modalidade de rádio. Também pudera, ninguém a conhecia. Mas depois que a compreenderam se apaixonaram.
Ela é muito criticada atualmente. O amor tem dessas coisas. Sempre se quer o melhor de um relacionamento. Mas ela é sem dúvida, junto com o futebol e o carnaval, uma grande paixão nacional. Mais do que isso, uma loucura.
Parabéns, TV brasileira. O Brasil tem Loucura por TeVer!
Veja o clip do lançamento da TV digital, em 2007, que reúne alguns dos nomes e momentos inesquecíveis dessa SEXagenária apaixonante!
Agradecimentos: koball222
TV no Brasil: 60 anos de muita história, talento, amor e loucuras.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Esses loucos da TV... ESPECIAL
O nome merece o post excepcional. Morreu ontem aos 86 anos o empresário Paulo Machado de Carvalho Filho, conhecido no meio televisivo como Paulinho Machado de Carvalho, devido a uma neoplasia maligna de próstata, no Hospital Sírio-Libanês na capital paulista. O mais velho dos três filhos do fundador da TV Record esteve à frente da emissora até 1989, quando vendeu o canal, juntamente com seu sócio Silvio Santos, para o líder da Igreja Universal, o bispo Edir Macedo.
O empresário começou a trabalhar aos 16 anos, na Rádio Record. Em 1944 conseguiu convencer o pai, o Marechal da Vitória como ficou conhecido por sua atuação nos bastidores da Copa de 1958, a lançar uma rádio esportiva. Nasceu assim a Rádio Panamericana, que se tornou Rádio Jovem Pan a partir de 1965. Essas duas emissoras, mais a Rádio São Paulo que produzia rádionovelas, formavam o grupo Emissoras Unidas. Paulinho e seus irmãos, Antônio Augusto Amaral de Carvalho (o "Seu Tuta, dono da Jovem Pan) e Alfredo (já falecido) foram trabalhar nos negócios do "doutor" Paulo, pai dos três.
Em 1953, as Emissoras Unidas inauguram a TV Record, com os mais modernos equipamentos para se fazer televisão, na época. A sede ficava na Avenida Miruna, 713, próxima ao aeroporto de Congonhas. Muitas vezes foi necessário parar gravações em estúdio devido ao barulho de pousos e decolagens de aviões. A Record ficou ali até 1995, quando comprou a sede da antiga TV Jovem Pan, na Barra Funda, zona oeste paulistana.
Paulinho sempre foi o diretor artístico da emissora. Foi o responsável pela criação de programas históricos da telinha como Família Trapo, O Fino da Bossa, Bossaudade, Corte Rayol Show, Show do Dia 7, Esta Noite Se Improvisa e muitos outros da era de ouro do canal 7 paulistano, nos anos 1960. Sem esquecer os Festivais que revelaram nomes consagrados da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Giulberto Gil, Rita Lee, Elis Regina, Edu Lobo, e a Jovem Guarda de Roberto, Erasmo, Wanderléa e a turma do iê iê iê.
A Record primava por shows musicais em sua programação, e Paulinho não media esforços para trazer o melhor para o telespectador. Pelos palcos da emissora passaram Steve Wonder, Bill Halley e seus Cometas, Rita Pavone, Amália Rodrigues e muitos outros.
Nos anos 1970, uma séria crise financeira o levou a se associar a Silvio Santos. Mas Paulinho nunca abriu mão da direção artística e de programação do canal. Há quem acredite que se isso não tivesse acontecido, talvez o dono do Baú nem se interessasse em obter as concessões da Tupi. Quando o animador ganhou essas emissoras e montou o SBT (na época TVS) em 1981, a Record ficou de lado, transmitindo apenas para o estado de São Paulo. Para regularizar a situação de Silvio (a lei brasileira não permite um grupo possuir duas emissoras na mesma frequência, na mesma cidade), e salvar a empresa, o canal 7 foi vendido por 45 milhões de dólares para Edir Macedo. Paulinho também foi presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), em 1980.
Paulinho Machado de Carvalho é considerado um dos melhores diretores de televisão do Brasil. Mais um louco por essa caixa de imagens, que fez um capítulo importante da história deste veículo, e que vai deixar importantes ensinamentos... e muita saudade, claro.
Confira algumas apresentações internacionais trazidas para se apresentarem na TV Record por Paulinho Machado de Carvalho, na década de 1960.
Agradecimento: G1 com informações de O Estado de São Paulo, museudatv.com.br, ABERT, AlessandroLatimore, CanalMemoria e tuliojazz
Amália Rodrigues canta nos palcos da Record
Rita Pavone fez sucesso com seu martelo por aqui
O cantor Steve Wonder também foi trazido ao Brasil por Paulinho
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
VAMOS DEBATER O ASSUNTO...
Estamos em período eleitoral. E sempre aconteceu um discurso muito conhecido do povo: o "vote consciente". Para conhecer melhor, a boa pedida é assistir ao debate entre os candidatos pela televisão. Em tese é a melhor maneira de se conhecer as ideias e confrontá-las para se ter certeza em quem votar ou não.
A TV brasileira começou a abrir espaço para essa arena com maior frequência a partir dos anos 80, com a morte lenta e gradual da ditadura. Mas o primeiro debate, no formato semelhante ao que conhecemos, aconteceu durante o regime militar. Foi em 9 de setembro de 1974, na TV Gaucha, a matriz da atual RBS-TV (afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul). O encontro realizado entre os dois candidatos ao senado, Nestor Jost da ARENA, e Paulo Brossard do MDB (na época só existiam dois partidos), foi transmitido apenas para Porto Alegre.
Nossa telinha só pode realizar novo embate de propostas novamente em 1982. O primeiro debate entre os candidatos ao governo paulista foi promovido em parceria pelo SBT (!) e pela TV Bandeirantes. O curioso é que nesse dia até Silvio Santos participou do encontro. A mediação foi do jornalista Ferreira Netto. A TV Globo do Rio de Janeiro também realizou, no mesmo ano, o confronto de ideias na telinha entre os candidatos ao Palácio das Laranjeiras.
Porém a grande estreia dos debates no período democrático aconteceu durante as primeiras eleições diretas para presidência, após 25 anos do golpe militar, em 1989. Nos dois turnos aconteceu algo único até hoje. As principais redes de televisão (Globo, SBT, Manchete e Bandeirantes), se uniram e transmitiram os dois debates em conjunto, o chamado "pool". O primeiro encontro aconteceu nos estúdios da TV Manchete no Rio de Janeiro, e o segundo, apenas com Collor e Lula, na TV Bandeirantes em São Paulo. Quatro jornalistas, representando suas emissoras, mediaram os confrontos: Marília Gabriela (Band), Boris Casoy (SBT), Alexandre Garcia (Globo) e Eliakim Araújo (Manchete) Esse debate guarda imagens antológicas, algumas até engraçadas.
De lá pra cá, a realização de debates tornou-se mais frequente nas eleições. Bandeirantes e Globo possuem maior tradição nesse evento. Ontem, foi ao ar pela RedeTV! o primeiro embate de propostas entre os presidenciáveis, da história da emissora mais recente do Brasil. Além de levar o brasileiro a decidir em quem votar, o programa também traz credibilidade para a TV.
Sei que muitas vezes fica difícil assistir esses debates, devido ao nível que os candidatos levam a discussão. Mas essa é uma das maneiras de analisá-los longe das "redomas" provocadas pelos seus acessores e partidos, tanto no programa eleitoral gratuito como nos emocionados comícios. Portanto, faça sua escolha e... vote consciente!
Assista aos melhores (ou piores) momentos dos debates realizados entre 1982 e 1998.
Agradecimentos: G1 e CanalMemória
Debates na TV brasileira
domingo, 5 de setembro de 2010
O ENSAIO QUE É UM SHOW
Se na TV nada se cria, tudo se copia, é muito raro quando uma atração é absolutamente original e não é clonada por outros canais. É o caso de Ensaio, da TV Cultura. Um verdadeiro heroi da resistência em um tempo onde a televisão não investe tanto em programas musicais, nem mesmo os mais tradicionais programas de auditório dos domingos.
O programa surgiu na TV Tupi em 1968 e, de acordo com o site da emissora educativa, está no ar no canal 2 paulistano desde 1990. A cada noite um artista da MPB é chamado para cantar ao vivo. Ensaio, como o proprio nome diz, se propõe a mostrar e destacar o convidado, sem a grande produção de um show. Por isso o jogo de luzes e a ausência de cenário são características da atração, que é gravada no Teatro Franco Zampari mas também não tem plateia.
No comando está seu criador, o jornalista Fernando Faro. O destaque para música no programa é tão grande que Faro, o entrevistador, não aparece em momento algum, e suas perguntas não são captadas pelos microfones. Os closes, que são imagens de detalhes do artista, são fundamentais para criar o tom intimista do musical.
Ensaio é um espaço onde não há preconceito de gênero. Pelo programa vários nomes de sucesso já marcaram presença: Tim Maia, Caçulinha, Elis Regina, Olodum, Gal Costa, Amado Batista, Jair Rodrigues, As Gavão, Tom Zé, Cartola, Leci Brandão, Herivelto Martins, Fundo de Quintal entre outros. O acervoda atração é considerado um dos mais importantes registros da música contemporânea brasileira na TV. Alguns deles viraram DVD co-produzidos pela Cultura Marcas.
Uma excelente opção para quem gosta de boa música. Ensaio vai ao ar toda quarta, às 23h, e aos domingos você pode conferir grandes apresentações realizadas na história do programa, que inclui a fase da atração na TV Tupi, em Ensaio Acervo, às 5h, pela TV Cultura.
Escolher os vídeos para esse post foi bem difícil pela qualidade do programa, mas seguem algumas amostras que comprovam a diversidade musical e a originalidade da criação de Fernando Faro.
Agradecimentos: ecosdotelecoteco.blogspot, Trama TV e zaratrusta2009
Elis Regina canta Águas de Março - 1973
Gal Costa interpreta Baby - 1994
Amado Batista e o sucesso Amor Perfeito
O sambista Cartola em Corra e Olhe o Céu
Tim Maia canta Descobridor dos Sete Mares
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