Reencontros, na maioria das vezes, são bons momentos. E a vida sempre nos reserva surpresas ao rever alguém de antigamente. Várias novelas já retrataram de forma diferente essa situação.
Neste mês de maio um grande sucesso das 19h completa 30 anos. "Elas por Elas" (TV Globo) foi escrita por Cassiano Gabus Mendes e dirigida por Paulo Ubiratan. Sete amigas se reúnem 20 anos depois por coincidências do presente e histórias passadas mal resolvidas. Natália (Joana Fomm), Marlene (Mila Moreira), Carmem (Maria Helena Dias), Wanda (Sandra Bréa), Adriana (Ester Góes), Helena (Aracy Balabanian) e Márcia (Eva Wilma) decidem esclarecer fatos vividos nos tempos de colégio, como a paixão de Helena e Adriana pelo mesmo homem. Mas também existiam acontecimentos atuais que atormentavam a vida das protagonistas, como a traição de Wanda com o marido de Márcia, Átila (Mauro Mendonça), o casamento mal sucedido de Carmem e a má sorte no amor de Marlene.
Wanda tinha um irmão investigador, que foi contratado por Márcia para descobrir a identidade da amante, e possível assassina de Átila, morto depois em um quarto de Motel. Entra em cena um dos mais folclóricos personagens da teledramaturgia brasileira: Mário Fofoca (Luís Gustavo). Esse detetive muito atrapalhado, com seu terno xadrez e gravata colorida, fez tanto sucesso na época, que ganhou um programa solo na grade da Globo e um filme: "As Aventuras de Mário Fofoca". "Elas por Elas" também tinha um mulherengo incorrigível e interesseiro, René (Reginaldo Faria), parceiro de Mário.
A novela teve uma das aberturas mais bacanas do "plim-plim". O time do "mago" Hans Donner, responsável pelas vinhetas da emissora, montou uma festa onde eram tiradas fotos das sete personagens principais em preto e branco, duas décadas atrás. Da imagem surgem colorida, em movimento, cada uma das sete atrizes protagonistas. O tema de abertura, cantado pelo grupo The Fevers ("Hey, hey, bandeira pouca é bobagem") estourou nas paradas de sucesso, e se tornou um dos "hits" da década de 1980.
Curiosidade: a novela também sofreu com a censura militar. Mário Fofoca paquerava a mulherada usando o repertório de Roberto Carlos. Mas os censores não permitiram que o detetive usasse a música "Falando Sério". Tudo por causa da frase "e apenas ser mais um na sua cama". Luís Gustavo voltou a interpretar o famoso detetive em duas vezes: em 1996, num dos episódios do humorístico "Sai de Baixo", e em 2010, no remake de "Ti ti ti", como uma grande homenagem da autora Maria Adelaide a Cassiano Gabus Mendes, escritor do roteiro original da trama.
Vamos relembrar um pouco deste sucesso com a abertura de "Elas por Elas", uma das primeiras a usar o recurso da animação por computador, com o The Fevers cantando o tema homônimo.
Agradecimentos: pararecordarnovelasefamosos.blogspot.com, marcatudo22 e TV Globo.
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