sexta-feira, 23 de março de 2012

Esses loucos da TV... ESPECIAL


Hoje o Brasil perde um pouco da sua graça. Faleceu nesta tarde, precisamente às 14:52h o humorista e compositor Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido pelo Brasil a fora como Chico Anysio. O artista estava internado no hospital Samaritano desde 30 de novembro de 2011. A causa do óbito, segundo o hospital carioca, foi falência múltipla dos órgãos.

Chico Anysio nasceu em 12 de abril de 1931, em Maranguape, no Ceará. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Aos 14 começa a frequentar os grandes programas da Rádio Nacional. Com a voz grave, resolveu participar de concursos para locutor, onde disputou com José Vasconcellos, falecido em outubro de 2011, e Silvio Santos. Embora tenha se preparado para o curso de direito, sua vocação estava no rádio, onde após 15 dias de seu primeiro contrato de trabalho em uma emissora, já era ator, redator, locutor e comentarista esportivo.

Passou para a telinha em 1957, na extinta TV Rio, com seu personagem mais famoso: o professor Raimundo. Mudou-se para a TV Globo em 1969, de onde nunca mais saiu. Foram vários programas. O mais imitado foi "A Escolinha do Professor Raimundo", que Chico produziu por 38 anos, revelando talentos e resgantando grandes colegas do riso.

Chico Anysio foi o primeiro a entender o humor na TV, especialmente como a chegada do Video Tape, o famoso VT, em 1960. Essa tecnologia permite aos programas serem gravados antes de sua exibição. Até então toda a programação era transmitida ao vivo. Com o VT foi possível o humorista dar vida aos seus mais de 200 personagens, e criar cenas entre eles. Partindo deste princípio, criou na Globo o programa "Chico City". Foram sete anos, de 1973 a 1980, passando do preto e branco para a TV colorida.

Na cidade fictícia de "Chico City", onde os principais personagens eram vividos pelo seu patrono, o artista também cantava. Seu grande parceiro desta época foi Arnaud Rodrigues, com quem integrava o grupo Baianos e os novos Caetanos. A música Vô Batê Pá Tu foi uma das faixas criadas pela dupla, de maior sucesso, inclusive na Europa.

Com o fim deste programa, Chico Anysio teve outras atrações como "Estados Anysios de Chico City"(1991), "Chico Total"(1995), "O Belo e as Feras"(1999) e o clássico "Chico Anysio Show"(1982). Este humorista parava o Brasil quando seu programa estava no ar.

Recentemente o México realizou uma linda homenagem para Roberto Goméz Bolaños, o criador e interprete de Chaves e Chapolim, que completou 40 anos de carreira. Com 83 anos e com a saúde visivelmente debilitada, Chepirito, como é chamado pelos mexicanos, recebeu todo o carinho do público que riu e se divertiu com as trapalhadas de seus personagens. Pena que Chico Anysio não recebeu em vida o mesmo tratamento, e que com certeza merecia.

Para matar essa saudade, que já faz morada em nossos corações, segue a primeira abertura de "Chico City", e um trechinho da música "Vô Batê Pá Tu". É a nossa pequena homenagem a este ícone da televisão brasileira.

Agradecimentos: maracatudo22, BAUDATV, IstoÉ Gente e TV Globo.




quinta-feira, 8 de março de 2012

DIVAS, QUEM SÃO?


Quem quer ser uma diva? Parece até nome de reality show. A resposta é quase unânime. Todas querem. A telinha é fértil reprodutora deste conceito e de seus baluartes. Desde de 18 de setembro de 1950, quando a pequena menina Sônia Maria Dorce foi o primeiro rostinho feminino a aparecer na TV Tupi, em sua inauguração, essa máquina de fazer doidos despertou o fascínio de milhões de mulheres pelo Brasil a fora.

Mulheres que sonham em ser uma Hebe, a grande diva dos auditórios, e aniversariante do dia. Sempre brilhante, esfusiante, de uma alegria de viver contagiante. Outras sonham com a força de Fernanda Montenegro, a diva das artes, dos palcos, do cinema e da TV. Sua classe e elegância em transitar do drama à comédia rasgada, da vilã à tenra mãe de família. Muitas desejam ser como Regina Duarte, a diva de milhões de namoradinhos. Mas há quem prefira ser como Ofélia, por que não? Cozinhar bem é uma arte para poucas, que achariam o máximo ter uma "mão" maravilhosa. Há também aquelas que escolheriam as glórias de Glória Maria, uma diva da arte de informar e provar a força e independência da mulher.

A TV tem esse poder de encantamento. Mas quero aqui esclarecer algo especialmente para você, minha querida leitora. Sabe qual é a diferença entre as divas acima e você? Nenhuma. Toda mulher possui uma diva dentro de si. O trabalho destas excelentes mulheres citadas apenas é mais exposto.

É clichê, mas o dia internacional da mulher acontece todos os dias, quando elas acordam, trabalham, estudam, cantam, sorriem, choram, dançam, gritam, suspiram, são felizes... vivem. Parabéns para todas as Marias, Cláudias, Ivetes, Déboras, Claudetes, Iones, Cátias, Simones, Fernandas, Carlas, Fátimas, Patrícias, Silvias, Marinas, Renatas, Alines, Andréias, Paulas, Ritas, Hebes, Nalvas, Dalvas, Isauras, Dianas, Elisetes, Glórias, Sandras, Cristianes, Cristinas, Reginas, Danielas, Sônias, Lucianas, Lígias, Lolas, Brunas, Camilas, Luanas, Diras, Anas, Betes, e muitas, mas muitas outras. E se seu nome não está nesta lista, não faz mal. Primeiro porque a lista é curta mesmo, não dá para escrever todos os nomes. E em segundo, você sabe que é uma diva, não vai ser nenhuma lista que vai te confirmar isto, certo?

Fiquem com a abertura de um dos programas femininos que fez história na televisão brasileira: TV Mulher, da Rede Globo (1980), comandado por Marília Gabriela.

Agradecimentos: Emanunes e sabetudo.net

Feliz dia Internacional da Mulher!